
O melhor seria
Dina Matos Ferreira | 21 Mai 2022
Sem darmos conta cada dia que passa,
mais nos cerceiam a liberdade usando como arma de perseguição o medo. Exagero
meu? Não, de todo.
A nossa língua está a ser destruída pela
“novilíngua” que nos obrigam a usar no quotidiano. Dizem-nos que teremos de
saber usar a linguagem “inclusiva”. Caso contrário, acusam-nos de termos um
“discurso de ódio”. Então, temos medo. Por exemplo, quando nos dirigimos a um
auditório, composto por homens e mulheres, diríamos, o que é correcto, por
exemplo: “Bom dia a todos!”. Agora, para não sermos acusados e tidos como
machistas, sexistas e outros “istas” infamantes, teremos de saudar o auditório
assim: “Bom dia todas e todos!”. E já se vai muito mais longe. Estão a entrar
no nosso quotidiano, expressões como “Bom dia todes!” e se for escrito: “ Bom
dia tod@s!”. Varreu-se a natural inclusão da língua portuguesa, em que o todos
incluía o masculino e o feminino, que passará a ser outra qualquer, desde que
seja “inclusiva” no sentido que nos é imposto pelo “ pensamento único e politicamente
correcto”. Já não bastava o bastardo chamado “Novo Acordo Ortográfico”!
“Torcer” as palavras para “torcer” o
nosso pensamento! As palavras assim torcidas passam a significar outra coisa, o
seu sentido de tão torcido e retorcido, perdem o seu valor. Assim,
“reformuladas” as palavras, somos que anestesiados e entramos num “ doce”
torpor.
Mas está-se a ir mais longe. A União
Europeia até já nos deu um “Glossário” que deverá ser usado para citarmos a tal
sociedade “inclusiva”, retirando do nosso vocabulário natural, palavras tão
dignas como Pai e Mãe por “progenitor 1 ou A e progenitor 2 ou B”! Daí, a
campanha silenciosa para acabar com a “Festa do Dia da Mãe” ou a celebração do
“ Dia do Pai”.
…Ou se segue esta “ algaraviada
orwelliana” ou… somos perseguidos. E há quem tenha medo e ceda.
As “ fake news” divulgadas
por todos os meios de comunicação têm todas o mesmo objectivo: passar como
verdades as mentiras. E são tantas todos os dias que temos dúvidas no que
ouvimos e lemos. Assim se instala o que os anglo-saxónicos chamam as “fake
beliefs”, as falsas crenças. Aqui, imperam as lavagens ao cérebro do
concernente à Ecologia, por exemplo. Neste âmbito, acabei de ler um livro
extremamente curioso. «LES ÉCOLOS NOUS MENTENT!», de Jean de Kervasdoué (Ed.
Albin Michel,2021) que com serenidade e competência (o autor tem uma formação
muito vasta nas áreas da Agricultura, Águas e Florestas e tem, igualmente uma
larga experiência e conta com a colaboração de Henri Viron, hidrólogo e
especialista em pontes e Floresta).
Os autores interrogam-se e
interrogam-nos “Como tomar partido entre desafios ecológicos maiores e
as profecias tão catastróficas como infundadas?”. São-nos oferecidos a cada
instante dados manipulados, falsamente fundamentados e culpabilizantes para o
Homem? E sem darmos conta, vamo-nos deixando convencer e atemorizar face a este
“matraquear” constante de notícias falsas que têm como grande objectivo criar
em nós, cada um de nós, falsas crenças, medo em relação ao futuro,
carregando-nos de culpas.
Na realidade, partindo de problemas
verdadeiros e graves, que merecem uma atenção/acção séria e eficaz,
apresentam-nos soluções falaciosas.
Sem darmos conta… vão-nos formatando e
moldando-nos ao pensamento único, o único que tem direitos de cidadania.
E não estamos a dar conta de que, agora,
nos querem convencer que somos racistas. Que a expansão de quinhentos é para
esquecer e apagar da nossa memória colectiva. Ah! A escravatura começou
connosco, portugueses. É espantosa a ignorância. Espantosamente atrevida e atrevidamente
espantosa! Afinal de contas, o que importa é que a mentira, as mentiras, por
tanto serem proclamadas, se tornem verdades que ninguém pode contestar!
Sem darmos conta, vamos a caminho do
abismo civilizacional. E como dizia o hino da Mocidade Portuguesa: “Lá vamos,
cantando e rindo, levados, levados sim!…”.
Carlos Aguiar Gomes, In DM 08.04.2021
Dina Matos Ferreira | 21 Mai 2022
Emanuel do Carmo Oliveira
Vendo o que está a acontecer agora na Rússia, não posso estar mais grato a quem me deixou como herança esta Igreja liberta das garras da Política.
Aborto e valores europeus
Vamos lá sinodalizar?!
o PS mente, o governo rouba, o povo paga