
O homem de Deus que acendeu fogueiras na noite do Mundo
João Gonçalves (Jurista)
Cerca de 35 deputados do PS
apresentaram recentemente um Projeto de Lei nº. 332/XV que
pretende estabelecer o quadro de medidas administrativas que as escolas devem
adotar para efeitos da implementação da Lei nº. 38/2018, de 7 de agosto, sobre
o direito à autodeterminação da identidade de género nas escolas.
A
justificação desta Lei assenta em pressupostos falaciosos, pois não têm um
suporte científico suficientemente robusto. Por que razão é que o PS defende o
direito à autodeterminação da identidade e expressão de género em crianças,
cujos cérebros não se encontram ainda totalmente desenvolvidos?
Será que
uma criança de 7 anos tem capacidade para se autodeterminar livremente no
género? A resposta é não. Na verdade, ainda não tem maturidade psicofisiológica
para tomar este tipo de decisões que implicam uma capacidade humana de
compreender e de querer. De outro modo, trata-se de uma escolha condicionada,
porque não é submetida à razão. Só pode ser livre quem for capaz de pensar a
liberdade, de compreender o que significa este conceito; não é o caso de uma
criança.
Os
senhores deputados, que propõem este projeto-lei, muito provavelmente nunca
observaram jovens e adolescentes com disforia de género; nunca ouviram relatos
do enorme sofrimento em que vivem estes jovens; nunca visualizaram as lesões de
automutilação que, por vezes, desfiguram os seus corpos; nunca observaram nas
urgências psiquiátricas as tentativas de suicídio cometidas por estes indivíduos;
nunca presenciaram o sofrimento dos pais; nunca testemunharam que, mesmo após a
autodeterminação de género, a psicopatologia (que num grande parte dos casos
está na base desta condição) se mantém, pois a autodeterminação de género não
é per
si curativa. Na maioria dos casos existem comorbilidades
psiquiátricas que têm de ser devidamente tratadas.
Curiosamente,
no referido Projeto de Lei, não existe uma única alusão ao possível
encaminhamento destas situações para tratamento psiquiátrico. Convém sublinhar
que as leis não substituem os tratamentos psiquiátricos. Aparentemente, tudo se
resolve com o direito das crianças e jovens a serem tratadas pelo nome
autoatribuído, a escolher roupa e o wc que querem utilizar nas escolas.
Os
defensores da ideologia de género ludibriam, enganam — porque se trata de uma
ideologia dissociada da realidade —, simplificam uma condição humana complexa
que, sem sombra de dúvida, pertence ao campo da psiquiatria/psicologia e não da
ideologia. Iniciar um processo de transição de género não é o mesmo que fazer
uma cirurgia plástica, pois tem enormes implicações físicas e psicológicas.
A
ideologia de género tomou conta das escolas públicas. Estas subverteram-se em
autênticos campos de reeducação social, transformando as futuras gerações em
massas amorfas, desenraizadas, manipuláveis, negando o direito dos pais a
ensinarem os seus filhos de acordo com determinados valores e padrões morais.
Este é o caminho para o totalitarismo, pois nasce da negação da verdade.
Mas, esta
propaganda ideológica tem feito os seus estragos. Na prática clínica, nunca se
viram tantos casos de adolescentes e jovens absolutamente confusos e baralhados
com a sua identidade de género. Influenciados e pressionados por esta doutrina
nas escolas, nos media e nas redes sociais, muitos julgam erradamente que a
transição social de género lhes irá trazer o caminho da felicidade e da saúde
mental. Porém, não é assim…
De acordo
com a ideologia de género, as crianças que refiram ter disforia de género são
imediatamente, e de uma forma imponderada, submetidas a tratamentos com
bloqueadores de puberdade, seguidos de tratamentos de transição de género (hormonais
e cirúrgicos), quando se sabe que a maioria destas situações é ultrapassada com
o evoluir da puberdade e o necessário acompanhamento psiquiátrico e psicológico.
Os pais
estão a ser progressivamente excluídos. Dentro de algum tempo, poderão mesmo deixar
de ser ouvidos neste processo que envolve os seus filhos menores. Entrega-se
assim às crianças “o direito à autodeterminação de género”, mesmo sabendo que
se prosseguirem com os tratamentos hormonais ficam estéreis e sem possibilidade
de retorno à condição anterior. Sabe-se, pela experiência acumulada de outros
países, que muitos destes indivíduos acabam mais tarde por se arrepender destes
procedimentos.
A
ideologia de género não liberta a pessoa, mas antes priva-a de uma desejável
sincronia entre o sexo biológico e o sexo identitário. Dificultar essa
harmonia, confundindo ou desconstruindo pela doutrinação ideológica, não
promove a saúde mental e corresponde a uma atuação política eticamente
reprovável.
Pedro Afonso (Psiquiatra), in Observador 13out2022
João Gonçalves (Jurista)
O ocultismo e a magia afastam a pessoa de Deus
José Paulo Abreu, Cón.
Ainda nos arrependeremos de termos metódica e progressivamente desbaratado uma Igreja que se confunde com as nossas raízes históricas, que em Portugal é dos últimos redutos a fazer frente ao estatismo
Calcula-se que sejam cerca de 18 milhões, só na Europa, as crianças vítimas de abusos sexuais.
Gritar palavrões, comer papel higiénico e pintar a cara: com 18 anos.