Pe. João António Pinheiro Teixeira
A felicidade aumenta a produtividade
A Igreja Católica teve e tem a coragem,
que outros não, para, COM TRANSPARÊNCIA, punir os crimes imundos praticados por
uns indivíduos que se aproveitaram de Nela inseridos.
A boa-fé não foi suficiente. Na medida em
que uma certa inabilidade de Quem não tem a obrigação de saber
"jogar" na selva actual da "comunicação", acabou por dar
azo a que os diversos inimigos da Igreja Católica, numa campanha desenfreada,
tudo tentassem para "confundir a árvore com a floresta".
Aproveitaram para manobras de diversão destinadas
a esquecer, tanto quanto possível, como o Estado socialista português bateu no
fundo.
Aproveitaram para "morder" a
visita do Papa Francisco e o alto significado das Jornadas da Juventude, em
especial o facto de Estas ocorrerem em Portugal.
Aproveitaram, sobretudo e mais uma vez
para o desespero de não conseguirem apagar o que a Igreja Católica fez pela
Humanidade em dois mil anos de História.
Aproveitaram para tentar diminuir ou
ocultar, outra vez, a posição da Igreja Católica, nos tempos correntes, de
defesa do Primado da Pessoa Humana, dos seus Direitos, Liberdades e Garantias
cívicas, e a Sua Doutrina Social.
E a mesma "formiga branca"
passou depois às Forças Armadas...
Para que fique claro este texto, assumo-me
cristão de culto católico. E de conhecidas péssimas relações com clérigos e
outros vigaristas que usaram a Igreja Católica para se servirem e darem
expressão às suas frustrações ou complexos pessoais e sociais.
E como não sou anjola, vejo que certos
grupos identificados "quanto basta", afirmam-se "de Igreja"
com o intuito de A destruir por dentro.
Desde a Revolução Liberal do séc XIX,
particularmente nos desvarios suicidas da República de 1910, a maçonaria,
primeiro, o marxismo mais a partir do séc XX, procuram anular e destruir a
intervenção Ética da Igreja Católica em Portugal.
Como também das Forças Armadas e das
Universidades.
Por vezes aproveitando-se das ocasiões, na
História, em que alguma Sua Hierarquia revelou dificuldade em compreender os
"sinais dos tempos".
Assimilar os PRINCÍPIOS ÉTICOS ESSENCIAIS
que a Igreja Católica hoje assume e procura difundir, para o Povo português é
um baluarte contra todos os extremismos anti-democráticos, e necessário à
implementação da Justiça Social.
O Bem que quotidianamente a Igreja
Católica derrama em Portugal, desde os domínios da educação e da solidariedade
social, aos da cultura, da saúde, do património e das Liberdades, é tão óbvio
como é óbvio não ser possível exigir perfeição absoluta a qualquer iniciativa
humana.
No 25 de Abril 1974 e anos seguintes, a
Igreja
Católica esteve na primeira linha e foi também decisiva na luta pela conquista
da Democracia. E, na Madeira, também pela conquista da Autonomia Política.
Porém, no meu pobre entender, à Hierarquia
de então, sucedeu Outra um pouco diferente, até entre Si.
Não percebi, ou talvez erro meu de
avaliação, o porquê de, em vez de continuar o estímulo para que os Cristãos
intervenham na vida política, apareceram algumas posturas grosseiramente
desconfiadas da Política e dos políticos.
Desmotivando para a vida cívica e até
evitando ou reduzindo discriminatoriamente na chamada dos Quadros que o
Cristianismo possui em Portugal, felizmente ainda maioritários. Antes
refugiando-se nalgum conformismo e passividade. Para acautelar os acordos com o
Estado socialista, na Concordata?...
Como resultado, agora é ver os inimigos da
Igreja Católica até a própria Concordata pôr em causa, aproveitando a
conjuntura montada!...
Mais. Para espanto meu, vi o descuido da
própria "comissão independente" (ninguém o é...) a também litigar com
Quem nela fez fé!...
Que, de uma vez por todas, toda a
Hierarquia da Igreja, em Portugal, perceba com quem pode contar, em vez de se
deixar levar por certas figuras públicas com demonstrações beatas quando lhes
convém, mas que, se também lhes interessar, metem facas nas costas.
Que o Bom Pastor, saído em busca da
"ovelha tresmalhado", ao regressar ao "redil", de mãos
vazias, ainda encontre o "rebanho"!...
S. João Paulo II, a Quem os inimigos dos
Direitos Fundamentais da Pessoa Humana não Lhe perdoam como tanto mudou o
mundo, bem como o Papa Francisco, de Quem ainda espero um Reformismo maior,
Ambos sempre apontaram caminhos em frente.
Como "em frente" foi também esta
coragem da Igreja Católica de, com Transparência, radicalmente eliminar estes
males internos.
Em Portugal, a Hierarquia da Igreja
Católica não deve titubear ante os seus inimigos, perdendo-se numa inflação de
desculpas por aquilo que outros, nas respectivas competências, não têm a
coragem de assumir. Não parece certo, perpetuar-se a fazê-lo em nome de um Todo
que não é culpado pelos malandros delinquentes ou encobridores que acolheu de
boa-fé.
Nem a norma administrativa e transitória
do celibato, da qual discordo, tem alguma coisa a ver com isto.
Trata-se de patologias individuais que
nada têm com casar ou não casar. Que tanto acontecem na Igreja Católica, como
acontecem em milhares de circunstâncias diferentes.
Dado este importante testemunho de CORAGEM
e de TRANSPARÊNCIA, é tempo de, em Portugal, a Igreja Católica ser mais
afirmativa e mais interveniente, desmentindo acusações de
"cinzentismo" e sem fazer dos benefícios da Concordata, uma
prioridade.
De novo atacada por vários lados, é tempo
de lutar.
In: JM Madeira 5.04.2023
A felicidade aumenta a produtividade
Carmen Garcia
“As ruas e as praças de Lisboa não pertencem apenas aos sindicatos e não são propriedade da extrema-esquerda. Até os Católicos se podem manifestar, porque há separação entre a Igreja e o Estado.”
Cristina Robalo Cordeiro
Maria Susana Mexia
João Gonçalves, In Jornal de Notícias, 27/03/2023