Pe. João António Pinheiro Teixeira
A felicidade aumenta a produtividade
Houve
um qualquer momento na História recente do nosso país (já nem vou mais longe,
para (literalmente) não me perder (porque quando nos afastamos muito do que é
seguro, não raras vezes nos desorientamos e nos perdemos), em que viraram tudo
do avesso.
E um dia acordei e vi coisas
estranhas à realidade com que convivi durante a minha vida até então.
Comecei por achar estranho
que a educação moral das crianças e dos jovens fosse transferida dos pais
(mea-culpa dos mesmos) para as escolas.
O grupo de socialização
primário que é a família passou a ser apresentado como um bicho-mau (e o
lobo-mau, passou só a ser lobo... Ele há coisas...). Os valores e crenças
transmitidos pelo amor dos pais e recebidos pela gratidão dos filhos, passaram
a ser apresentados como insignificantes e a repudiar e deixa-se assim uma
miríade de crianças e jovens (que já estão, por vários motivos sociais e
culturais, meio desamparados) desenraizados e confusos.
Nesta escola para a qual
acordei parece prioridade resolver a questão de que Deus não existe mesmo (ao que
parece é extremamente incómodo) e ensinar-se coisas sobre a sexualidade. No
sétimo ano (com 12 anos) os alunos são ensinados a colocar um preservativo e
debate-se abertamente a sexualidade de cada um, e a dos outros - tudo ao mesmo
tempo. “Publica-se” este assunto que, para mim, é do trato íntimo de cada um e
aí pertence.
Não é relevante que existam
algumas criaturas que não queiram ser expostas a determinados conteúdos e que
lhes assiste esse direito? Em nome deste conceito desfocado e distorcido daquilo
a que chamam liberdade, estão a constranger a liberdade do outro. Eu não forço
ninguém a pensar como eu, nem tampouco “impinjo” aos outros aquilo em que
creio. Falo sobre isso se houver lugar para essa conversa e, cabe a cada um,
fazer as suas considerações.
Tenho ouvido muitíssimas
reflexões sobre o “ponto de situação” de Portugal e do mundo, e algumas
resultaram em verdades que abracei. Uma delas é esta: O corpo não pode ser
dissociado da alma (ou se lhe querem chamar outra coisa, para bem do assunto,
chamem).
Não haverá por aí um caso,
salvo em claros transtornos psicológicos, em que uma pessoa considere que
assaltarem a sua casa seja equivalente a ser vítima de abuso sexual. Porque não
é a mesma coisa. Quando há uma invasão do espaço do nosso corpo, a nossa alma
sente-se invadida também. O nosso corpo está intimamente ligado à nossa alma e
isso serve para o bem dos dois e vice-versa.
Ou vamos agora tão mais
longe quanto questionar se, de facto, há transtornos psicológicos, ou são só
“maneiras de ver as coisas”?
Está para breve a aceitação
da pedofilia? Porque, como já alguns “alguéns” disseram, as crianças também têm
direito ao prazer. Há que ver bem do que é que estamos a falar quando falamos
deste tema, para não fazer eclodir e proliferar tamanhas loucuras!
Parece-me que a nossa sociedade está,
espantosamente calma, a caminhar à beira de um precipício... Conduzida por um
bando (no sentido criminoso da palavra) de lunáticos.
Quando entramos no
questionamento de tudo e rejeitamos aquilo a que se pode chamar “a experiência
da verdade”, entramos num caminho muito perigoso de loucura mental em que já
não há certo nem errado. E, atenção, o feitiço pode virar-se contra o
feiticeiro, pois nem em cima, nem em baixo, nem à Esquerda, nem à Direita, nem
tão pouco ao Centro, se pode fugir de gente lunática, maníaca e perigosa.
Por isso, as normas existem.
Para nosso bem.
As vedações não são somente
colocadas para não se sair, mas igualmente para não se entrar. Há que pensar
sobre isto.
Entre outras coisas, vim
igualmente a descobrir que a Medicina serve, também, para matar. Pasmei-me. Ia
jurar até então que os médicos salvavam vidas, que era essa a única função dos
profissionais de saúde. Agora chego a ter medo deles. Não vão achar que, dada
uma determinada situação, mais vale “morrer-me” e pronto, já está.
Quando foi que nos
esquecemos que uma pessoa que quer morrer está, diz-nos a “experiência da
verdade”, a sofrer tanto, ou mais, emocionalmente, do que fisicamente?
Quem se sente amado e
querido não quer morrer - podem dizer o que quiserem em contrário, que não será
verdadeiro. A morte não é per se desejável. Tanto assim é que, vejamos o caso
da pena de morte: é um castigo e não uma recompensa. Então o âmago de um pedido
de morte é essencialmente, um pedido de vida...
Que tal se, em vez de os
ajudarmos a morrer, ajudássemos a viver?
Não é segredo que os autores
destas filosofias loucas da cultura da morte não são muito apologistas da
inutilidade do ser humano. Sendo assim devíamos eutanasiar todas as pessoas que
recebem subsídio de desemprego? Para louco, louco e meio. Já se pensou no
perigo?
Em geral, não somos alheios
ao sofrimento do próximo. Deveriam ser mobilizados tantos, ou ainda mais, meios
para dar apoio (em diversas frentes), como são mobilizados meios para eliminar
os problemas de quem necessita desse apoio. Compreendo muitíssimo bem o
desespero físico (e emocional) de alguém. Mas, tanto no caso da eutanásia, como
na questão do aborto, da mendicidade ou da prostituição “de beira de estrada”,
creio firmemente que o que mais urge providenciar é apoio! Em vez de, em todos
estes casos, juntamente com o problema, eliminarmos a própria pessoa. Em tantos
sentidos da expressão...
ABIGAIL VILANOVA, Gestora de Recursos Humanos, In DM
13.08.2020
A felicidade aumenta a produtividade
Carmen Garcia
“As ruas e as praças de Lisboa não pertencem apenas aos sindicatos e não são propriedade da extrema-esquerda. Até os Católicos se podem manifestar, porque há separação entre a Igreja e o Estado.”
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