Pe. João António Pinheiro Teixeira
A felicidade aumenta a produtividade
Na noite de 31 de Julho para
1 de Agosto p.p., a Assembleia Nacional Francesa aprovou uma medida que prevê a
IMG (Interrupção Médica da Gravidez), um eufemismo para dizer Interrupção
Voluntária da Gravidez – ABORTO – de bebés até ao final da gravidez!
Entre as causas atendíveis
para matar um bebé, está o que os autores (26 deputados) designaram por “angústia
psico-social” da mãe, com o que esta designação tem de fluido e de falta de
rigor, abrindo, deste modo, a porta para o infanticídio.
Simone Veil, a mulher que
fez aprovar a legalização do Aborto em França, não imaginaria que tinha aberto,
escancarado, as portas da prática deste crime. Mas tem sido assim com os
chamados temas fracturantes, como o Aborto e a Eutanásia. Abrindo uma pequena
fresta da porta esta vai-se abrindo cada vez mais e o retorno torna-se
impossível. É a chamada “rampa deslizante” em que se desliza mais devagar ou mais
depressa, consoante a oportunidade política.
A França inicia, assim, um
processo que irá desembocar na legalização do infanticídio. Aliás, já há alguns
anos, um deputado francês propôs que se deixasse nascer uma criança para ver se
seria ou não uma pessoa humana. Caso fosse considerada negativamente, então
seria eliminada. Graças a Deus a proposta não passou. Regressa agora com mais
suavidade e com a designação eufemística de IMG – Interrupção Médica da
Gravidez – que pode chegar ao limite desta, os nove meses.
O que se passou nesta sessão
parlamentar francesa, já de madrugada, é infame. Como infame é a proposta que
foi já apresentada ao Parlamento dos Países Baixos para que quem tiver 75 anos
possa ser eutanasiado sem mais justificação. Disse a deputada que fez a
proposta, que nessa idade já se tinha vivido o suficiente e a vida já “estava
cumprida”, independentemente do seu estado de saúde! E a mesma eleita propôs a
criação de uma nova profissão: “Acompanhante de fim de vida”, alguém que
irá aconselhar e ajudar a morrer. Será uma espécie de Parteira ao contrário!
Que raio de profissão!
Vivemos um mundo terrível e
temível!
Esta Terra é um lugar, cada
vez mais, menos frequentável. E é-o por acção de todos nós, os impassíveis,
anestesiados e embriagados com o conforto e o prazer, centrados no nosso
umbigo. Distraímo-nos com a poluição que criámos e os “direitos dos animais”
(!) e esquecemos o Homem, os seus direitos essenciais em que o primeiro é o
«DIREITO À VIDA». Vida que começa precisamente na concepção e que deverá
terminar naturalmente.
O mundo está um lugar
perigoso, cheio de facínoras que, a coberto de compaixão e de liberdade, impõe
critérios legais para matar os incómodos e os mais fáceis de eliminar pela sua
fragilidade: os não nascidos e os que já não produzem (discutível esta ideia de
produção!), os velhos que cada vez mais frequentemente são descartados e
abandonados, mesmo que tenham dado , toda a vida, imenso para o progresso da
nossa civilização mas a quem faltou, talvez, a coragem de serem educadores da
sua descendência, tendo-se acomodado à tendência gerida pelo chavão: «Agora é
assim!». E este «Agora é assim!» deu nisto. Estamos a colher os frutos das
árvores que tutorámos.
O ódio contra a vida é tal
que, recentemente, em Julho pp. , a artista Daphné du Barry ( francesa) viu
vandalizada uma das sua criações, uma estátua em bronze (a Virgem dos
Inocentes), em Menton, que representa a Virgem acolhendo sete bebés mortos, os
inocentes assinados por aborto em todo o mundo! Nem para a Arte se permite a
liberdade, sobretudo e acima de tudo, quando não “embarca” no politicamente
correcto. De facto, estamos já a viver a ditadura do “pensamento único”! Da
cultura da morte que odeia a cultura da Vida e do Amor.
Carlos
Aguiar Gomes, In DM 20.08.2020
A felicidade aumenta a produtividade
Carmen Garcia
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