Pe. João António Pinheiro Teixeira
A felicidade aumenta a produtividade
O título deste meu escrito,
“roubei-o” a um artigo de José António Saraiva que publicou no semanário SOL de
15 de Agosto. Achei que resume lapidarmente a situação cultural, e não só, do
mundo actual. Basta olhar à nossa volta, e sem qualquer esforço constatamos, a
triste e grotesca realidade, de que o citado autor tem razão. E eu concordo.
Já todos reparamos no
regresso ao primitivismo dos “piercings” em todo lado dos corpos, visíveis e
tapados! E nas tatuagens em tudo o que é superfície de pele, com motivos em que
o bom gosto foi banido. Ocupam a pele com desenhos absurdos que, para mim,
frequentemente me enojam, pois me repugnam.
Já todos viram o que muitas
pessoas “vestem” … tudo, mesmo os modelos mais estapafúrdios: compridos a trás
e curtíssimos à frente ou ao contrário. Ou alternadamente curtos e
compridíssimos. Rotos por todo o lado. Remendados ao acaso e não por
necessidade da pobreza, mas por extravagância da “moda” (modelos caros, ainda
por cima!). Roupas que nos remetem para falta de um correcto acabamento, por
exemplo, com bainhas esfarrapadas e irregulares, com fios pendentes.
Cabelos “cortados” e
pintados das formas mais bizarras, onde a imaginação do disforme não tem
limites…
Já repararam no tamanho
desmesurado de algumas unhas e nas múltiplas cores com que são pintadas?
Pergunto-me muitas vezes, como alguém com aquelas “garras” pode trabalhar!
E a chamada “arte de rua”
com prédios riscados com frases “non sense”, chamados “grafittis” que sujam
fachadas de tantos monumentos, com total falta de respeito, os estragam e
deformam e cuja limpeza custa bastante ao erário público/ privado? Quando não
são frases insultuosas para quem passa ou para as suas crenças…
“O grotesco tomou conta
da vida real”!
O que são determinados
desfiles, fora do Carnaval, para afirmar orgulho de determinadas “orientações
sexuais”? Como todos nós temos uma “orientação sexual”, imagine-se o grotesco
se todos desfilássemos, grotescamente vestidos, para nos afirmarmos
sexualmente!
O grotesco saiu à rua. E
anda na rua perante a nossa indiferença acomodada e que se “lava” com o chavão:
“Agora é assim!”.
A vida real e autêntica anda
deformada. Grotesca. E pavoneia-se perante a indiferença acrítica da maioria
que se silencia por cobardia.
Já todos, creio, reparamos
nos objectos decorativos (?), a que chamam esculturas, espalhados em tantos dos
nossos centros urbanos, e que não passam de calhaus amontoados, disformes e
ridículos, sem sentido. Grotescos. Brutos. Insultuosos. Desarmónicos. Monstros
“pré-Pré-Históricos”. Mas aí estão, espalhados em tantas urbes, para embebecer
os “intelectuais” sinistros.
A Música, mesmo a dita
Clássica, também não escapa ao grotesco ruidoso, desarmónico e agressivo.
Bem sei que, como se diz, “o
gosto é relativo” e é por isso que “o grotesco tomou conta da vida real”.
Afirmar o contrário é “fascista”, “reaccionário”, “supremacista”, “racista”,
“machista”, “homofóbico”, “etnocista” e outros, muito mais “istas” com que me
vão apelidar e apelidam os “polícias do pensamento único” que andam por aí
apoiados na nossa indiferença e com a anuência e conivência de muitos “media”.
“O grotesco tomou conta da
vida real”!
O “politicamente correcto”
ordena-nos que nos calemos e nos tornemos medrosos de afirmarmos, respeitando
os diferentes gostos e preferências, mas não deixando de sermos claros quanto à
nossa discordância quanto a esta invasão do grotesco no quotidiano com que nos
cruzamos indiferentes como se o grotesco fosse equivalente ao bom senso.
Quanto a mim, continuarei a
dizer:” O grotesco tomou conta da vida real”.
Carlos
Aguiar Gomes, In DM 27.08.2020
A felicidade aumenta a produtividade
Carmen Garcia
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