Pe. João António Pinheiro Teixeira
A felicidade aumenta a produtividade
1. Domingo,
dia 23 de Agosto, na Irlanda, foi ordenado um sacerdote católico (Shane
Costello), o único que este ano será ordenado em toda a Irlanda, com 26
dioceses! Que diz a este facto tanto “sábio” pastoralista? Tanta mudança? Tanta
“refontalização. O descalabro moral e as infidelidades às promessas de tantos
baptizados, que responsabilidade têm? A outrora católica Irlanda está em erosão
acelerada total.
Por que
será? Não nos dará que pensar?
2. Não nos
dará que pensar, também, que em 2019, na Alemanha, mais de 200 000 (duzentos
mil) católicos abjuraram da sua fé, um número sempre crescente nos últimos
anos? Que se diz desta hecatombe que também tem razões económicas (!)?
Por que
será? Não nos dará que pensar?
3. Os
chamados “sacramentos sociais”: baptizados, casamentos e funerais católicos
estão a diminuir acelerada e constantemente entre nós há já vários anos.
Por que
será? Não nos dará que pensar?
4. Já se
reparou que naqueles, nos impropriamente chamados “sacramentos sociais” os assistentes
e os recipiendários (muitas vezes) não sabem responder ao celebrante nem sabem
que posição hão-de tomar durante a celebração?
Por que
será? Não nos dará que pensar?
5. Milhares,
milhões, de peregrinos católicos, deslocam-se a grandes centros de peregrinação.
Vão a locais onde há uma mensagem evangélica. Depois, nos dias de eleições, dão
o seu apoio a grupos que advogam e defendem princípios nunca conciliáveis com o
Evangelho: a defesa do aborto; a promoção da Eutanásia, a interdição (mais ou
menos clara) da liberdade de educação dos filhos por parte dos pais; a
destruição do casamento e da Família; a promoção de uma economia devastadora da
dignidade humana seja por um capitalismo selvagem seja por uma práxis marxista
mais ou menos aberta… “Esta economia mata” (Papa Francisco) já nos demos conta?
Por que
será? Não nos dará que pensar?
6. Entre
nós, Portugal, não há liberdade no campo da educação. Os pais não podem
escolher o género de educação que querem e têm o direito de propiciar aos seus
filhos, em igualdade de circunstâncias. O Estado arroga-se o direito, que não
tem, de ser o grande e único educador das suas crianças e jovens. Quando os
pais escolhem uma escola privada, pagam a educação dos seus filhos duas vezes:
pagam a escola que escolheram e pagam para a escola que não querem. Ainda oiço
o apelo veemente que S. João Paulo II, Magno, lançou no Sameiro, dia 15 de Maio
de 1982 aos pais de Portugal no sentido de tudo fazerem para defender este
direito essencial!
Por que
será? Não nos dará que pensar?
7. O
Parlamento português prepara-se para liberalizar a Eutanásia, com o pretexto da
compaixão e do sofrimento como se vivêssemos há cem anos atrás. A sociedade, os
eleitores, andam indiferentes. Calados. Vamos deixar que os hospitais passem a
ocupar-se a matar, em vez de cumprirem a sua vocação, que é cuidar e curar? E
tudo com o nosso dinheiro?
Por que
será? Não nos dará que pensar?
8. A
propósito da COVID-19 pairam no ar tentativas de nos limitarem a liberdade e de
nos “domesticarem”, controlando os nossos passos e invadirem a nossa
privacidade. O “big brother” já anda por aí a tentar espiar e controlar o nosso
dia-a-dia. Orwell tinha razão. 1984 está aí.
Por que
será? Não nos dará que pensar?
Atacam-se
governantes, sempre os mesmos, com boas e más razões. Muitos deles até foram
eleitos democraticamente. Às vezes que, para muitos dos meus concidadãos, há
eleições democráticas boas e outras más. A legalidade será, assim, flutuante e
adaptada ao gosto político de cada um. Se o “tipo” é do meu “clube”, tudo é
bom. Se não é, tudo é mau. Vejamos o silêncio das “gralhas” que estão sempre
contra Bolsonaro ou Trump, mas se calam profundamente com o ditador Xi, o “Grande
líder” da Coreia do Norte ou do ditador da Bielorrússia. Mesmo as “gralhas”
sinistras se calam, aquelas que se costumam chamar de “esquerda caviar” e a que
eu associo as “gralhas das bifanas” ou dos “Jaquinzinhos”. E incomoda-me o
silêncio dos outros.
Por que
será? Não nos dará que pensar?
A Terra
anda mal frequentada! … E os cidadãos não gostam de pensar. Os cristãos também
não!
Como
cantava o hino da Mocidade Portuguesa, tudo está na mesma: “Levados, levados,
sim!”. E muito bem levados nesta onda que nos afunda.
Carlos
Aguiar Gomes, In DM 03.09.2020
A felicidade aumenta a produtividade
Carmen Garcia
“As ruas e as praças de Lisboa não pertencem apenas aos sindicatos e não são propriedade da extrema-esquerda. Até os Católicos se podem manifestar, porque há separação entre a Igreja e o Estado.”
Cristina Robalo Cordeiro
Maria Susana Mexia
Alberto João Jardim