Pe. João António Pinheiro Teixeira
A felicidade aumenta a produtividade
A França aprovou o aborto até aos nove meses de gestação, baseando-se numa eventual angústia da mãe.
A Assembleia Nacional de
França, uma das duas câmaras que compõem o Parlamento, aprovou um projeto de
lei que introduz o aborto livre durante toda a gravidez, alegando simplesmente
angústia uma mera alusão sintomática existencial.
De 31 de Julho para 1 de
Agosto de 2020, dos 577 membros da Assembleia Nacional, apenas 101 deputados
participaram no debate. Destes, 60 votaram a favor, 37 contra e os restantes
quatro abstiveram-se.
A Assembleia Nacional também
votou a favor da procriação medicamente assistida (PMA), financiada pelo Estado
para casais de lésbicas e solteiras, da criação de embriões transgénicos, da
modificação genética dos embriões humanos para pesquisas terapêuticas e da
criação de embriões humanos-animais através da inserção de células-tronco
humanas em embriões animais.
A associação pela defesa da
vida dos mais frágeis, Alliance VIta, apela aos senadores, que “ainda têm o
poder de modificar a lei, que estejam à altura do desafio, que mantenham uma
ética que garanta a proteção dos mais vulneráveis”. Está marcada para dia 10 de
Outubro uma manifestação nacional Marchons enfants, em que a Alliance VITA pede
às pessoas que demonstrem o apego aos direitos dos mais vulneráveis e sua
oposição a este projeto de lei.
Na madrugada de um de
Agosto, em França, no coração da Europa fez-se, sub-repticiamente sem aviso
prévio nem estudo de impacto, uma emenda que é uma ruptura ética total aos
princípios fundamentais da ecologia humana, permitindo o aborto até o último
dia da gravidez e a manipulação dos seres vivos. O aborto já estava legislado,
baseando-se em questões objetivas – um diagnóstico médico que ateste uma doença
no feto, ou o facto de a mãe ter concebido na sequência de uma violação –,
porém agora o critério é completamente subjetivo, muito vago e com recurso a
uma terminologia intencionalmente enganadora e perversa.
Este Projeto de Bioética
aguarda parecer do Senado da França para uma segunda leitura, onde poderá ser
emendado novmente, antes de ser submetido a votação por uma comissão mista das
duas câmaras no final de 2020. No entanto, a decisão da Assembleia Nacional
será definitiva se não chegarem a um consenso.
Bento XVI, em 2009, na sua
terceira encíclica Caritas in Veritate abordou a ecologia humana “Se o direito
à vida e à morte natural não é respeitado, se a concepção, gestação e
nascimento do homem se tornam artificiais, se embriões humanos são sacrificados
à pesquisa, a consciência comum acaba perdendo o conceito de ecologia humana e,
portanto, de ecologia ambiental. É uma contradição pedir às novas gerações
respeito pelo meio ambiente natural, quando a educação e as leis não ajudam a
respeitar-se.”
Sem mais algum comentário ou
juízo de valor, deixo ao critério dos leitores a avaliação deste facto, não
podendo deixar de sentir uma imensa e dolorosa perplexidade.
Destaque
Na madrugada de um de Agosto, em França, no coração da Europa fez-se,
sub-repticiamente sem aviso prévio nem estudo de impacto, uma emenda que é uma
ruptura ética total aos princípios fundamentais da ecologia humana, permitindo
o aborto até o último dia da gravidez e a manipulação dos seres vivos.
MARIA
SUSANA MEXIA, In DM 11.09.2020
A felicidade aumenta a produtividade
Carmen Garcia
“As ruas e as praças de Lisboa não pertencem apenas aos sindicatos e não são propriedade da extrema-esquerda. Até os Católicos se podem manifestar, porque há separação entre a Igreja e o Estado.”
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