Pe. João António Pinheiro Teixeira
A felicidade aumenta a produtividade
«Um dia, há muitos anos, um aluno perguntou à
antropóloga Margaret Mead qual era, para ela, o primeiro vestígio de
civilização humana. A sua resposta, para espanto geral foi “um fémur com 15 mil
anos encontrado numa escavação arqueológica.”
O aluno esperava que a professora falasse de anzóis,
ferramentas ou barro cozido, mas ela explicou: “O fémur estava partido, mas
tinha cicatrizado. É um dos maiores ossos do corpo humano e demora seis semanas
a curar. Alguém tinha cuidado daquela pessoa. Abrigou-a e alimentou-a.
Protegeu-a, ao invés de a abandonar à sua sorte”. Então, concluía, o que nos
distingue enquanto civilização é a empatia, a capacidade de nos preocuparmos
com os outros.»
Num mundo marcado pela busca da autossuficiência,
parece engraçada e até desajustada esta ideia de nos fazermos próximos. No
entanto os gritos dados pelo planeta têm mostrado que não parece haver outro
caminho para o avançar da civilização senão o da cooperação, pois afinal “tudo
está interligado”. O contexto em que vivemos mostrou a importância da
comunidade, como lugar de acolhimento, encontro e proximidade, simultaneamente
de crescimento e partilha de dons/bens. Vermo-nos como peças do grande puzzle
que é a comunidade exige que estejamos dispostos a encontrar maneiras
diferentes e criativas, caminhos novos para demonstrar este cuidado e esta
empatia.
Outra marca que me parece essencial é a de assumirmos
que temos de restabelecer vários “links” na sociedade em que vivemos. Acedemos
a tudo mais rapidamente, somos mais informados, temos níveis de formação mais
elevada e contrariamente a todas estas premissas parecem eclodir na sociedade
cada vez mais divisões, maiores extremismos, menor tolerância e capacidade de
integração e inclusão. Um novo elo de ligação entre as diferentes gerações,
entre os povos, entre as culturas, entre os mais ricos e os que menos dispõem
terá de ser reanimado através do diálogo, tal como é destacado “o urgente
desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a
família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral”.
No mês marcado pela causa missionária, no qual o Papa
nos recorda o valor da Fraternidade com a publicação da sua nova encíclica,
fica o desafio de trabalharmos para a distinção. O prémio será certamente a
marca que deixarmos uns nos outros.
Marta Vilas Boas, In Ação
Missionária, Outubro 2020
A felicidade aumenta a produtividade
Carmen Garcia
“As ruas e as praças de Lisboa não pertencem apenas aos sindicatos e não são propriedade da extrema-esquerda. Até os Católicos se podem manifestar, porque há separação entre a Igreja e o Estado.”
Cristina Robalo Cordeiro
Maria Susana Mexia
Alberto João Jardim