
Estado laico ou prosélito?
João Gonçalves, In Jornal de Notícias, 13/03/2023
João Gonçalves, In Jornal de Notícias, 13/03/2023
Esta ideia de que as crianças podem auto-diagnosticar que são do outro sexo – sem qualquer acompanhamento médico especializado - e submeter-se à dependência de drogas para o resto da vida, é um desvio total do protocolo médico normal.
Não sou católico. Mas também não sou anticatólico, nem acho que tenha nada a ganhar com o laicismo que os mata-frades de ontem e de hoje acham que é um progresso.
Cristo funda a Igreja sobre aquele que o traíra horas antes, o que significa que assume que a obra tenha pés de barro. Assim, qualquer objeção à Igreja que venha do “barro”, do limite, não procede!
“De algum modo, pode encontrar-se na máxima evangélica ‘dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’ uma raiz histórica e cultural deste princípio.”
“Cada um dos muitos abusadores teve ou tem família, amigos e todo um contexto sócio-afectivo que o fez crescer, desde a mais tenra infância. Fez parte de uma paróquia, integrado ou não noutras estruturas eclesiais. Fez parte de uma freguesia e de um concelho, onde teve maior ou menor acção social.” Foto: Direitos Reservados
A igreja católica portuguesa não deve desanimar com a onda de justificada indignação que causou a publicação do relatório da comissão independente.
Perante um cenário de tamanha gravidade, a pergunta que, de imediato, se me coloca, é: como foi possível?
Chiara era agressivamente anticatólica, rebelde contra a Igreja e defensora do aborto do próprio irmão - mas uma doença inesperada mudou radicalmente a sua vida
Um sacerdote fez uma lista das coisas que não funcionam na Igreja; o livro dele virou best-seller na Alemanha
João Gonçalves (Jurista)
O ocultismo e a magia afastam a pessoa de Deus
José Paulo Abreu, Cón.
Ainda nos arrependeremos de termos metódica e progressivamente desbaratado uma Igreja que se confunde com as nossas raízes históricas, que em Portugal é dos últimos redutos a fazer frente ao estatismo
Calcula-se que sejam cerca de 18 milhões, só na Europa, as crianças vítimas de abusos sexuais.
Gritar palavrões, comer papel higiénico e pintar a cara: com 18 anos.
Na prática clínica nunca se viram tantos casos de adolescentes confusos e baralhados com a sua identidade de género. Vêm influenciados e pressionados pela doutrina das escolas, media e redes sociais.
Todos os humanos creem. “Negar o poder da religião é terrivelmente ingénuo e cruel”
Papa Francisco fez nesta viagem ao Canadá um ‘mea culpa’ pelos abusos cometidos no passado: também aqui a Igreja esteve mais a funcionar como o mundo, e isso não é bom. Foto © Vatican Media.
Mário Pinto, in Observador - 30 jul 2022